Fiquei muito envergonhado com as perguntas de alguns jornalistas brasileiro a Ruchard Descoings, diretor do Sciences Po - que concedeu ao ex-presidente Lula a comenda de Doutor Honoris Causa. Como disse o Conversa Afiada, foi preciso um argentino pra defender o ex-presidente da ira e da agressividade das perguntas feitas ao Sr. Descoings. Não quero parecer neurótico, enxergando conspirações em todos os parágrafos da imprensa hegemônica. Mas também não posso ser ingênuo de achar que foi totalmente espontâneo a formulação desses questionamentos a respeito do merecimento de Lula em detrimento a FHC no recebimento da tal comenda.
Não vou aqui relatar o acontecido, já que foi noticiado nos blogs ditos sujos e também na imprensa internacional. Detalhadamente, já que até a reação de alguns presentes foi relatada. Diz-se que alguns estudantes chilenos chegaram a caçoar da não formação acadêmica de Lula e de seu não domínio de nenhuma outra língua que o português. Aliás, disseram que nem o português ele fala direito. Estudantes esses que depois o aclamaram com loas normalmente destinadas à pop stars hoje em dia. Acho maldade.
Mas muito pior que isso é o tratamento da grande imprensa ao caso e a tantos outros prêmios e comendas que continuam a conceder ao nosso mais recente ex-presidente.
Entendo a oposição. Entendo ideais e visões de mundo diferentes. Mas não entendo como não se sentir orgulhoso de um político ou qualquer brasileiro que tenha seu trabalho reconhecido, dentro ou fora do Brasil.
Lembra-me o episódio da entrada de Paulo Coelho na Academia Brasileira de Letras e o reconhecimento internacional por sua obra. Não o leio. Já tentei. Não gosto de sua literatura. Acho que temos escritores melhores. Mas o fato dele ser lido (best seller) em todo o mundo, não só na língua pátria, mas traduzido até em russo, dá sim um certo orgulho de ser brasileiro. Perguntado sobre o caso, Carlos Heitor Cony (em minha opinião, bem melhor que Paulo Coelho) disse ser muito bom que um brasileiro tivesse essa expressão internacional, pois acabava por chamar atenção para outros que nunca tiveram essa visibilidade.
São casos totalmente diferentes, eu sei. O episódio parece apontar para certa dor de cotovelo de alguns brasileiros que não se conformam com a melhoria de vida de outra parcela da população. E personalizam no Lula esse privilégio que alguns tiveram em detrimento de outros.
Vamos combinar. É vergonhoso os próprios jornalistas brasileiros questionarem – ao presidente do instituto – por que um e não outro.
Não vou aqui relatar o acontecido, já que foi noticiado nos blogs ditos sujos e também na imprensa internacional. Detalhadamente, já que até a reação de alguns presentes foi relatada. Diz-se que alguns estudantes chilenos chegaram a caçoar da não formação acadêmica de Lula e de seu não domínio de nenhuma outra língua que o português. Aliás, disseram que nem o português ele fala direito. Estudantes esses que depois o aclamaram com loas normalmente destinadas à pop stars hoje em dia. Acho maldade.
Mas muito pior que isso é o tratamento da grande imprensa ao caso e a tantos outros prêmios e comendas que continuam a conceder ao nosso mais recente ex-presidente.
Entendo a oposição. Entendo ideais e visões de mundo diferentes. Mas não entendo como não se sentir orgulhoso de um político ou qualquer brasileiro que tenha seu trabalho reconhecido, dentro ou fora do Brasil.
Lembra-me o episódio da entrada de Paulo Coelho na Academia Brasileira de Letras e o reconhecimento internacional por sua obra. Não o leio. Já tentei. Não gosto de sua literatura. Acho que temos escritores melhores. Mas o fato dele ser lido (best seller) em todo o mundo, não só na língua pátria, mas traduzido até em russo, dá sim um certo orgulho de ser brasileiro. Perguntado sobre o caso, Carlos Heitor Cony (em minha opinião, bem melhor que Paulo Coelho) disse ser muito bom que um brasileiro tivesse essa expressão internacional, pois acabava por chamar atenção para outros que nunca tiveram essa visibilidade.
São casos totalmente diferentes, eu sei. O episódio parece apontar para certa dor de cotovelo de alguns brasileiros que não se conformam com a melhoria de vida de outra parcela da população. E personalizam no Lula esse privilégio que alguns tiveram em detrimento de outros.
Vamos combinar. É vergonhoso os próprios jornalistas brasileiros questionarem – ao presidente do instituto – por que um e não outro.